Primeiro, vamos ao publicitário: quem é esse profissional e o que faz? A área da publicidade contém diversos tipos de atividades com o propósito de veicular informações atrativas sobre um produto ou serviço para consumidores ou público-alvo.
É uma profissão exercida por profissionais formados em publicidade e propaganda, focada em melhorar a comunicação de empresas pelas mídias, com técnicas aplicadas em veículos e redes online e offline.
O publicitário trabalha em prol da divulgação de um produto ou serviço, através de conteúdos para atrair o espectador, consumidor ou interessado.
Com o passar do tempo, essa profissão acabou sendo muito mais rentável graças à tecnologia. A publicidade anda de mãos dadas com o e-commerce, fazendo-se imprescindível para alavancar vendas pela internet.
Com a chegada de melhores artifícios de busca, indexação de conteúdo e acessibilidade ao meio virtual, a área teve de se reinventar e, para isso, foi dividida em dois setores. Saiba como é a rotina do publicitário e qual a importância de seu trabalho nos mesmos!
Publicidade e Propaganda: Mídia Online e Offline.
Esses dois conceitos servem para diferenciar o tipo de trabalho, recursos utilizados e estratégias empregadas por publicitários. Diferem-se em diversos quesitos, mas o mais importante é a exclusividade de cada estratégia para com seu meio.
Dentro e fora da internet há diversas táticas de propaganda adequadas a cada canal, resultados mais adequados a uma estratégia e diferentes públicos-alvo almejados. Por isso, há uma divisão clara de cada tipo de profissional — o que não significa exclusividade de atuação em uma só.
É importante mencionar que o publicitário está presente em todos os níveis envolvidos na criação de uma peça publicitária: desde sua elaboração conceitual, criativa, até a gestão e execução da mesma.
Mídia offline
A “publicidade tradicional”, é o método mais antigo de se vender um produto ou serviço. Consiste em métodos analógicos e muito "boca-a-boca". Dentre eles, os principais são:
- Ações realizadas em postos de venda (loja ou instituição)
- Confecção e distribuição de panfletos ou fliers.
- Organização e divulgação de eventos
- Confecção e distribuição de folders
- Anúncios para revistas, jornais e outros periódicos.
- Propagandas para televisão, patrocínios esportivos, etc.
Além desses exemplos, temos formas mais criativas de se veicular uma peça publicitária offline. Hoje já é possível encontrar publicidade em rótulos, embalagens e até mesmo nos postos de venda — em guichês ou ao fundo do balcão de lojas, por exemplo.
Por ser um método que utiliza recursos físicos, trabalho manual e requer um maior custeio para a sua execução, é preciso muita criatividade do publicitário para tornar essa peça viável e obter sucesso — a depender do prazo de veiculação e recursos disponíveis.
Um exemplo clássico, muito utilizado no exterior — e no Brasil, onde ainda existem muitos outdoors — é o da ilusão de ótica:
Note que o segundo exemplo ainda leva o slogan do McDonald 's, caso o visualizador não tenha percebido o sanduíche no pôster. Esses exemplos são ótimos: denotam um valor lúdico, essencial ao publicitário, que faz muito sucesso na popularização da peça.
A mídia offline ainda é essencial para divulgar produtos cujo público-alvo é massivo. A televisão ainda é um canal muito atrativo para divulgar-se, sobretudo produtos de uso cotidiano e atrelados a esportes ou moda.
Mídia online
Com o boom da compra pela internet em 2020, em parte devido à popularidade de tecnologias como o PIX e a massificação de aplicativos ou estabelecimentos que o aceitem, a publicidade também teve seu destaque — sobretudo, ao redor da tecnologia.
A publicidade online trabalha em torno de diversos mecanismos para obter sucesso, sobretudo tecnologia.
Esse trabalho é feito pensando na persona, uma personalidade de contexto de vida e padrão de consumo predeterminados, que representa a figura do cliente ideal de cada empresa.
API’s, muito utilizados no comércio online para incorporar aplicativos de pagamento, por exemplo, inserem Códigos QR para PIX de pagamentos com descontos diretamente ao cliente.
Os canais de mídia online são muito mais diretos na interação com o público, podendo ser a melhor opção para o estreitamento de relações entre a marca e o cliente — assim como mencionamos acima, com o exemplo de oferecer descontos para um público.
Esse desconto — que usamos como exemplo de estratégia — pode ser ofertado, dependendo do cliente e do canal de mídia online, de formas muito diferentes.
Exemplos dos canais de mídia online são:
E-mail marketing ou newsletters;
- Blogs, Vlogs, streaming, etc;
- Redes sociais;
- Buscadores (google, por exemplo);
- Sites dedicados, landing pages e e-books.
Todos esses canais — onde são veiculados anúncios publicitários como uma campanha de ofertas e descontos — estão sujeitos ao método de explorar a internet: somos guiados por algoritmos de mecanismos de busca até deparar-nos com um anúncio ou artigo.
Provavelmente você chegou até este artigo através de uma pesquisa, que o levou a lê-lo até aqui, obtendo informações.
Este também é um exemplo de trabalho publicitário, que veicula informação e direciona a uma interação — portanto, a redação também é uma tarefa publicitária.
Assim como propagandas para a televisão, a publicidade de cunho similar encontrada no meio digital pode ser feita em forma de um vídeo patrocinado, por exemplo.
É comum encontrar canais de culinária no Youtube que recorrem a marcas: auxiliam o produtor daquele conteúdo fornecendo seu produto para ser utilizado ou promovendo eventos temáticos em parceria.
Nas mídias digitais, o engajamento é a parte central daquilo que é elaborado. A internet é, de maneira uniforme, um canal de comunicação horizontal e que promove uma concorrência muito mais objetiva e direcionada que uma mídia offline.
O produtor deve ter conhecimentos mecânicos do seu ofício muito mais frequentemente que na mídia offline; é necessário saber como funcionam ferramentas como a indexação de palavras, algoritmos de redes sociais e canais de vídeo.
A internet é considerada um canal de comunicação com baixo custo de produção, em comparação com as mídias tradicionais do offline.
Por se tratar de um meio extremamente acessível, é preciso ser um ótimo profissional para saber utilizar as plataformas de divulgação e propor diferentes estratégias.
O marketing digital também é muito centrado na análise de dados obtidos durante e após campanhas de mídia pela produtora ou profissional — podendo ser feito através das próprias plataformas.
As principais diferenças entre as mídias online e offline
Offline
A mídia offline depende de uma interação muito mais espontânea e de um fator de atração imediata. Há uma predominância pelo domínio sobre a atenção em um ambiente com muita informação visual ao leitor.
Massificadas, as campanhas offline são veiculadas em anúncios de tv ou rádio, propagandas de panfletos e, até mesmo, os clássicos outdoors e cartazes.
Predomina o efeito prático na sua imagem ou anúncio, estabelecendo estratégias que prendem o olhar repentinamente e envolvem a percepção do visualizador — como por exemplo a ilusão de óptica que mostramos anteriormente.
Há uma predominância pelo sucesso na concorrência através do domínio sobre a atenção em um meio com muita informação poluindo o campo visual. É preciso muito mais dedicação a detalhes para determinar paletas de cores atrativas, por exemplo.
Online
A Mídia online precisa de um estudo específico sobre os dados e conhecimento técnico gerados a partir das estratégias criadas e executadas para difundir um determinado conteúdo. As tomadas de decisões devem ser baseadas em torno desses dados virtuais disponíveis, todas as estratégias e oportunidades de ação que eles geram.
As estratégias de mídia digital buscam maximizar uma janela de oportunidade e conquistar novos clientes (ou fidelização dos antigos), baseada em métricas e estudos elaborados com dados de uso da Google, precificação, crescimento da empresa, ou outros indicadores muito variados.
As “janelas de oportunidade” podem ser qualquer coisa: desde reinserir um produto no mercado, viabilizar um novo produto, ou até mesmo introduzir candidatos políticos ao seu cenário eleitoral. Há marcas que investem em repetir o contato e causar novos impactos em clientes antigos com novas estratégias — algo que é conhecido como re-marketing.
Todas as campanhas, ao contrário da mídia offline, são personalizadas para cada tipo de situação, de cliente e de intenção com o próprio produto/serviço.
Os publicitários deste setor lidam, frequentemente, com uma rotina repleta de ferramentas digitais como os CRM, ERP e outras, destinadas a planificar e agilizar todo o processo de análise de dados, contato com os clientes e manutenção dos dados internos da empresa.
Elas permitem que e-mails, mensagens e demais contatos diretos com o cliente possam ser realizados com fluidez, transparência e até personalização do conteúdo dos mesmos — além de, não menos importante, automação de análise de dados de marketing!
Também é comum de se encontrar essas ferramentas em estratégias offline, mas devido à toda gama de mecanismos que já te mostramos, é muito visível que as estratégias online recorrem às mesmas por motivos de simplificação e automação da rotina de toda empresa.
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