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Regina França do Rosário

Regina França do Rosário

Relações Institucionais no ENEVA | Ex-aluna do Doutorado em Engenharia de Processos

A representante da Eneva no Nordeste já ocupou o cargo de diretora técnica da Agrese, onde participou da abertura de mercado de gás natural e ajudou a fazer de Sergipe o estado pioneiro no assunto

Com uma ampla oferta de cursos de graduação e pós-graduação, sempre investindo no aprimoramento do conhecimento, atualização de mercado e direcionamento de área de atuação, a Universidade Tiradentes (Unit) se faz morada de profissionais formados que buscam, entre outras metas, aumentar o currículo lattes e, assim, transitar por um caminho de sucesso profissional, seja no ambiente acadêmico ou atividade industrial. É nesse recorte da atuação da Unit, que a bacharel em Química Industrial e mestre em Engenharia Química, Regina França, atual Relações Institucionais da Eneva na Região Nordeste, destaca-se como protagonista do doutorado em Engenharia de Processos, no ano de 2015.

“Era o doutorado que mais se aproximava da minha área e, além de ser em Sergipe, tinha a questão do curso ser bem avaliado, sendo uma das melhores notas do Nordeste, com uma estrutura incrível , tanto de laboratório quanto de sala de aula . Por meio do doutorado da Unit , consegui ir para fora do país, para a Europa, onde passei nove meses na Universidade de Aveiro, em Portugal, em doutorado sanduíche. Foi uma experiência muito boa e a rede de internacionalização do ensino é um ponto alto também. Naquela época, a Unit já tinha essa rede integrada com outras instituições internacionais”, destaca Regina França.

Entre as conquistas marcantes na trajetória acadêmica, ela recorda da publicação de artigos e uma descoberta científica que foi patenteada. “A gente submeteu um projeto que foi aprovado pelo Governo Federal, quando fui para Portugal, e como frutos dessa estadia lá, nós tivemos artigos e uma patente, a qual foi muito importante porque foi de um bioativo característico da região, e foi muito bacana. Eu fiz um estudo sobre a extração da mangiferina da folha da manga do tipo espada e isso gerou uma inovação que foi patenteada, e então foi muito importante. E quando estive lá, fui premiada, no grupo de trabalho, como aluno destaque, no ano de 2017”, lembra Regina.

Com a certeza de que não seguiria a carreira acadêmica e com paixão pela área de gestão, ao final do doutorado em 2019, Regina França não pensou duas vezes ao ser convidada pelo Governo do Estado, para atuar na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Agrese). “Comecei como diretora técnica da Câmara de Gás Canalizado e, seis meses depois, o governador da época, Belivaldo Chagas, me chamou para ser diretora técnica da Agrese, onde fiquei por quatro anos. O doutorado possibilitou que eu estivesse apta para isso. E ao longo desse período na Agrese, desenvolvemos coisas muito legais para o estado, a exemplo da abertura do mercado de gás natural, fazendo de Sergipe um estado pioneiro; escrevemos a lei estadual que dispõe sobre o regulamento do gás canalizado; realizamos audiências públicas que alçou Sergipe no país inteiro como a estrela do gás”, destaca.

Diante de tantos avanços alcançados na área e com o nome em evidência, no final do ano de 2022, Regina França foi convidada para a Eneva, onde se desafia diariamente para marcar a gestão de uma forma historicamente diferente. “Hoje eu cuido da parte institucional de todas as plantas do Nordeste. E o desafio é enorme. Primeiro, por ser de Sergipe, então assim, estou numa empresa que é nacional, que poderia ter gente de qualquer lugar do país e do mundo, mas eles escolheram a mim, sendo de Sergipe, mulher e negra. E enxergo muito como uma oportunidade de desenvolver algo importante e diferente do comum. Hoje, a gente trabalha com a construção HUB de gás natural em Sergipe, o primeiro privado do Brasil, que irá interligar Sergipe a malha de transporte do país; com energia renovável em Juazeiro (BA), onde inauguramos um complexo solar agora, o Futura 1, e temos termelétricas no Ceará, a carvão e a gás. Então, somando tudo é uma oportunidade muito grande que seja diferente e que tenha uma marca feminina, uma marca negra e vejo isso muito como superação”, completa.